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Lavi-kun
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    Fanfic - The Legend of Kelden

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    Mensagem por Lavi-kun 4/3/2012, 11:39

    The Legend of Kelden

    Olá amigos!^^
    Este será o tópico que eu usarei para postar a minha FIC!
    Antes de começarem a ler, quero que saibam que logo no primeiro capítulo, alguns personagens não terão seus nomes revelados, e que a partir do segundo capítulo, alguns personagens terão aparições VIPs(Não reclamem se o seu personagem aparecer pouco!TODOS terão um capítulo dedicado a eles!)

    Bem, que comece então!^^

    --------------------

    Prólogo atual...

    Kelden é uma terra mágica e diferente, com as mais fantásticas e diversas paisagens e criaturas mágicas que se pode imaginar. Kelden é dividida por quatro continentes diferentes. Alabarda, Silverá, Saiya e Kamenon. Ambos com suas próprias leis e governos, porém, são todos governados por um único poder: O poder do Lótus de Diamante! O Lótus de Diamante é um símbolo de paz, união e força. Enquanto ela estiver na capital Einbol, sede de Kelden, protegida pelo poder dos Sete Confinados, a paz e ordem em Kelden estará mantida.

    Porém, no ano de 133 da Meia Era, os Adeptos, uma organização que sempre quis dominar Kelden levando este mundo as ruínas, interceptou um grupo de soldados que pensava em derrotá-los mas estes foram enganados e algum tempo depois, iniciou um ataque terrorista a Kelden atacando cidades, pessoas inocentes e os quatro continentes. Depois, estes em uma tentativa de tomar o Lótus de Diamantes, acabaram o deixando se perder por ai em Kelden, e o mundo veio às ruínas com terremotos, tsunamis e caos!As quatro nações perderam sua confiança umas nas outras e sua aliança se rompeu!
    Depois de um tempo, o Lótus foi esquecido, e quando lembrado, a pronuncia de seu nome foi proibida, assim, todos começaram a chamá-lo de "Hope"!Agora, os Adeptos, tomados pelo poder e pelas trevas, irão fazer de tudo para encontrar o "Hope", e então, destruir o mundo!

    Agora, muitos aventureiros no mundo inteiro revelaram suas vontades: Uns sonham em acabar com o mal, outros, vingança contra os Adeptos, e outros, assim como os soldados de Kelden, encontrar “Hope” e salvar Kelden.


    BÔNUS:
    Mapa de Alabarda:
    Spoiler:
    ------------------

    The Legend of Kelden

    Capítulo I
    Os novos aventureiros!


    Continente de Alabarda
    Ano 151 da Meia Era


    O sol estava luminoso e o céu com as nuvens mais brancas que qualquer um já poderia ver. Pássaros rodavam uma árvore de grande porte em um morro alto cheio de arbustos e coelhos que andavam a procura de alimentos. A árvore era velha, porém suas folhas eram claras e saudáveis. Deitada em seu tronco, estava um individuo de casaco preto sobre uma camisa marrom de botão. Seu cabelo era branco e suas roupas estavam bagunçadas e desabotoadas. Este tirava um cochilo encostado na árvore, logo abaixo de um galho cheio de maçãs. Ao seu lado, havia vários coelhos dormindo junto consigo.

    Inesperadamente, uma maçã se soltou do galho pela qual estava presa e caiu na cabeça do jovem. Este levou um tempo para acordar, e então abriu os olhos como se tivessem chamado pelo seu nome. O jovem se levantou, se espreguiçou e observou a paisagem: Podia ver campos de plantação, uma cidade grandinha e montanhas atrás dela.

    -Que belo dia! – Suspirou.

    O jovem se ajoelhou, apanhou a maçã caída ao lado de seus pés, á levou até a boca e a mordeu. Deu duas dentadas e depois a jogou aos coelhos. Depois se virou e andou até atrás da árvore onde um panda estava dormindo deitado. O panda era grande, tinha uma faixa de Karate vermelha amarrada ao redor de sua cintura, e presa nela, um par de adagas ninja. O garoto colocou sua mão na cabeça do urso e este acordou em um piscar de olhos. O panda se levantou e se sentou ao lado deste, que se virou e olhava perturbado para o horizonte atrás das montanhas.

    -As aves estão agitadas e o ar sufocante... – Comentou. – O tempo de paz acabou. Parece que eles voltaram a agir!

    O garoto deu meia volta e caminhou rumo a uma floresta atrás de si seguido pelo seu panda que caminhava ao lado deste, com sono.

    ~

    -Pai, por favor, deixe-me sair somente hoje!

    -Não Lya! Você deve estudar magia!

    -Mas pai!

    -Não!

    O homem forte e robusto vestindo uma capa de couro verde fechou a porta do quarto na cara de uma jovem moça, não adulta ainda, mas bela como o céu e calma como o vento. Seus cabelos eram loiros e bem longos. Atrás eram amarrados por um laço roxo, e vestia um vestido violeta da mesma cor que seus olhos.

    Lya Petrun nasceu em meio às planícies de Franha, em Alabarda, na qual sua mãe morreu ao fazer o parto. Após completar 11 anos, seu pai a forçou a trabalhar na Guilda para desenvolver seus poderes mágicos, porém, nunca a deixou sair mundo a fora em uma jornada de verdade. Por isso mesmo ela vive entrando em discussões com seu pai.

    A Guilda de seu pai é conhecida pela região. Guilda Petrun!Fundada pelos ancestrais da família Petrun. É uma das Guildas mais antigas de Alabarda.

    -Que ódio! – Resmungou Lya. – Nunca irei conseguir sair daqui!

    Lya se jogou na cama de seu quarto, ao lado de um criado mudo na qual nele havia um livro de feitiços, e, em cima do livro, uma varinha mágica.

    -O dia está tão ensolarado... Porque tenho que estudar magia em casa?Porque não posso sair?Porque tenho que ser exatamente como a mamãe?

    Os pensamentos raivosos de Lya logo foram interrompidos pelo som de um trovão que ecoou pela Guilda inteira.

    No andar de baixo, todos os aventureiros, membros da Guilda pararam de se embebedar, falar e outros afazeres para ouvirem o som que continuou ecoando pela e se repetindo. Um senhor de idade usando uma capa preta sentado em um banco olhou pela janela e viu pingos de chuva cair do céu, e logo atrás deles, veio uma chuva forte.

    -Começou a chover... – Comentou.

    O pai de Lya, sentado de frente ao balcão do bar da Guilda se levantou e foi em direção a porta da Guilda que estava aberta para ver a chuva caindo pesadamente e deixando a vista do lado de fora toda borrada.

    -Uma tempestade de repente? – Perguntou á si mesmo. – Fechem a porta.

    Dois homens sentados em cadeiras perto da porta se levantaram e fecharam a grande porta da Guilda e a travaram com um pedaço de madeira.

    Continuou a chover por uma hora. A chuva não parava, porém, todos voltavam a fazer seus afazeres e paravam somente quando um trovão caia em algum lugar das redondezas.

    Lya observava pela sua janela, a chuva caindo e o dia antes ensolarado, agora nublado.

    -Que saco! – Exclamou. – Eu gostaria tanto de estar embaixo desta chuva! Fora desta Guilda e dos olhos do meu pai!- Lya ficou com um olhar triste e sonolento. – Quando será que algum aventureiro destemido e belo irá chegar para me tirar daqui? – Perguntou a si mesma, logo se virando, deitando em sua cama, apanhado seu livro de magia e começando a lê-lo.

    ~

    A chuva que atingiu o norte de Alabarda durou um dia, e então parou.

    Perto da cidade de Pajah, aos arredores do bosque do “Ataque Gnoll”, cujo nome foi recebido devido ao fato de que há dezoito atrás naquele bosque houve um massacre feito por um ataque de cinqüenta Gnolls contra um grupo de cavaleiros de Alabarda, uma jovem caçadora andava sorridente e alegre por entre as árvores que rondavam este.

    Era uma bela moça (com quase 20 anos) de cabelos loiros longos que descem até as suas costas, soltos, e com a franja presa por duas presilhas e olhos castanhos avermelhados. Pele clara. Usa um top marrom e um shorts da mesma cor; luvas que cobrem até o cotovelo; Meias longas e botas de cano curto. Carregava consigo uma aljava de flechas e um arco em suas costas, era de fato, uma caçadora que lutava na base do manuseio de arco e flecha. Voando ao seu lado vinha um falcão fêmea, que voava suavemente sem querer se distanciar de sua aparente dona.

    Possuía orelhas pontudas que saiam à amostra. Isso comprovava que ela era uma Elfa.

    A garota parou em frente a uma árvore, e notou que nesta havia, fincado em seu tronco, um machado de arremesso, velho e enferrujado. A moça se aproximou do machado e o retirou com o maior cuidado da árvore e o amarrou a sua cintura. Sorriu para a árvore, e entrou no bosque.

    A bela caçadora andou serena e feliz pelo bosque, com sua águia agora pousada em seu ombro devido à ausência de espaço para permitir que a ave voasse livremente no bosque. Caminhou desviando dos galhos úmidos caídos no chão, certamente derrubados pela recente chuva, e então, ao se aproximar de uma árvore, notou alguns arranhões superficiais nela e ao redor, estilhaços de ferro e pelo de hiena grudado nos arbustos. A caçadora se agachou para examinar os elementos encontrados e então falou em um suspiro:

    -Pelo de Gnoll... – Parou. – E fragmentos de espadas quebradas! – Completou.

    Ela se levantou e olhou ao seu redor notando, ligeiramente cobertos pelas folhas secas alaranjadas e pelo barro, espadas, escudos e lanças jogados por todo lado. Arregalou os olhos quando notou também esqueletos usando armaduras e outros sem. Certamente eram os corpos em esqueleto dos soldados de Alabarda e dos Gnolls que lutaram naquele mesmo local há dezoito anos.

    A caçadora engoliu em seco, mas voltou a caminhar pelo bosque em direção as florestas de Mildra. Algum tempo depois enquanto andava calmamente (mais tranqüila do que antes por ter visto corpos mortos em esqueleto puro) notou que um cheiro diferente predominava no ar e então parou e ficou atenta a tudo que rondava a área.

    -Fique atenta Azu! - Falou para sua falcão.

    A caçadora esperou e nada aconteceu então se agachou e começou a remexer o solo a procura de algo, quando após tirar algumas folhas secas de cima de um monte de terra, notou quer nele havia gravado uma pegada suspeita: Era uma pegada grande, de três dedos com unhas pontudas.

    A caçadora tocou no solo e então cheirou seus dedos.

    -Como eu suspeitava! – Disse cuidadosamente. – É uma espécie de réptil... – Ela andou ainda agachada um pouco mais para frente seguindo mais pegadas semelhantes à anterior para ver se descobria algo mais. – Mas... Não pode ser! – Exclamou ela, surpresa. – É um Basilisco. O que uma criatura destas faz em uma floresta? – Perguntou em um sussurro para si mesma.

    A caçadora se levantou rapidamente, tirou seu arco de suas costas e sacou uma flecha a colocando em posição de disparo em seu arco.

    -Prepare-se Azul! Hoje iremos caçar uma bela cobra! – Falou a caçadora em um ar sorridente, andando cautelosa, seguindo as pegadas do Basilisco, que aparentemente, foi em direção ao norte: Para a floresta de Mildra.

    ~

    No interior da floresta de Mildra, uma doce garota de cabelos rosa andava tranquilamente rumo às profundezas da floresta. Esta usava uma camisa social branca, com gravata vermelha e sobre ela, um casaco preto. Usava uma saia vermelha xadrez, presa por uma corda cinza e um cinto preto de couro. Seus olhos eram castanhos claros e em seu cabelo havia uma presilha vermelha em forma de “x”. Aparentemente era baixa, tendo 1,50 de altura.

    A garota estava alegre, pulava sobre as poças de lama e sobre os grandes galhos pontudos caídos entre os arbustos verdes e as árvores. Porém, logo dois homens pularam de trás de duas árvores pela qual a garota ia passar no meio e interditaram seu caminho.

    Eram bandidos!O da esquerda usava um conjunto de roupas pretas e uma bandana na testa. Usava um cinto de couro pesado e amarrado nele, um punhal cinzento; E o outro usava um manto branco escuro e tinha longos cabelos prateados.

    A garota mal os notou e o da esquerda avançou em cima de si e a agarrou por trás imobilizando seus braços e os colocando atrás de suas costas. O outro sacou uma espada curva e a apontou para a garota.

    -Kyaaaa! – Gritou a garota após ser agarrada pelo bandido da esquerda.

    -Vejamos o que temos desta vez... – Comentou o bandido de preto sorrindo maliciosamente para esta enquanto apertava seus braços.

    -É só uma jovem andando despreocupada pela floresta! – Confirmou o Segundo. – O que uma garota como você faz por aqui?Não sabia que a floresta de Mildra não é um lugar seguro para crianças?

    -Vocês são mercenários não são?O que vocês moços querem comigo? – Perguntou a garota em um tom inocente, puro e meigo.

    -Não é o que queremos com você!E sim o que queremos DE você! – Corrigiu o que a segurava.

    -Vamos, reviste-a!

    O mercenário que a segurava por trás, com a mão esquerda segurou os dois braços da garota com força fazendo-a gemer de dor, e com a mão direita, a enfiou dentro da saia da garota e começou a fuçar para ver se encontrava algo.

    -Nãããããooo! – Gritou a garota em um ar de constrangimento.

    Este passou sua mão praticamente pelos arredores da cintura dela até encontrar algo. Puxou para fora um punhal dourado, com lamina curta e entre o cabo e a lamina, um circulo com uma estrela dentro. No que este o puxou, rasgou um pedaço da saia da garota e depois o estendeu ao companheiro.

    -Veja! –Exclamou.

    O outro mercenário apanhou o punhal com sua mão livre e o examinou.

    -Hm... – Falou este examinando a arma. –É um belo punhal! Nunca vi um igual!Certamente é uma arma rara!

    -Este punhal é meu! – Reclamou a garota.

    -Cale-se! –Ordenou o primeiro mercenário jogando a garota contra o chão com violência.

    A garota caiu de cara no chão e liberou um curto grito de dor e depois permaneceu deitada, mas fazendo força para se levantar apesar de que não estava gravemente ferida nem nada de sério.

    Bem, creio que é só isto que ela possui! – Concluiu o segundo guardando sua espada.

    -Ela ainda tem as roupas! – Corrigiu o primeiro maliciosamente.

    -Não! – Gritou esta se virando para estes e se encolhendo de uma forma inocente.

    -Vendo por este lado... Ela é bem bonitinha! – Concordou o segundo sorrindo.

    -Vamos nos divertir com ela e depois terminamos o serviço! – Optou o primeiro tirando a banda, a jogando no chão e se aproximando da garota enquanto tirava o cinto.

    -Não!Por favor!Não... – Falou a garota assustada e constrangida, deixando uma lágrima escorrer pelo seu olho esquerdo.

    Você realmente não sabe se cuidar sozinha!

    Os dois mercenários pararam congelados e então viraram seu olhara para a trilha pela qual a garotava havia vindo.

    -Quem está ai? – Perguntou o primeiro.

    Sons de passos foram ouvidos. Múltiplos passos lentos, mas pesados. O som se aproximava e os dois olhavam desconfiados para a escuridão até que começaram a tremer. O segundo, impaciente e querendo dar uma de durão, sacou sua espada e a apontou para a escuridão.

    -Quem vem lá? – Perguntou este, bravo.

    -Nós somos mercenários de alto nível de poder!Não tente nos assustar! – Gritou o primeiro se levantado e apontando os punhos com bravura para a escuridão, apesar de que este estava definitivamente com medo.

    -Irritante! – Reclamou a voz.

    Os dois engoliram em seco e um vulto começou a surgir da escuridão e então começou a se transformar em um monstro. Tinha pele escamosa roxa; olhos pequenos, amarelos e luminosos; múltiplos dentes afiados; uma crina de espinhos que começava na cabeça e ia até as costas onde esse número aumentava brutalmente em tamanho e pelo que dava para perceber, havia mais de duas patas: Na verdade eram ao todo oito. O bicho era de tamanho médio e aparentava ser pesado.

    -Não pode ser... – Exclamou o segundo. – Esta aparência...

    -É um Basilisco! – Exclamou em um grito de pavor o primeiro.

    -Não é só isso! – Corrigiu o segundo em estado de choque. – É um Basilisco Superior Abissal!

    -Morram! – Exclamou a fera.

    Os dois mercenários congelaram. Não conseguiam mais se mover e lentamente, começaram a virar pedra! Permaneceram com a mesma expressão facial de medo e imóveis sem reagir ou gritar por ajuda. Logo, em cerca de poucos segundos, estes viraram pedra pura, deixando apenas suas roupas e seus pertences para trás.

    A garota se levantou abobada do chão e então limpou a sujeira do seu corpo dando múltiplas palmadas nele.

    -Você é um caso perdido! – Falou o Basilisco para a garota.

    -Não enche! – Retrucou a garota, agora, ao invés de amedrontada e inocente, brava.

    -Se não fosse por esse seu gosto ridículo por pervertidos, eu não teria que ficar salvando-a quase o tempo todo, Maya! – Disse o Basilisco.

    Sim, a garota se chamava Maya. Foi abandonada pelos pais quando pequena na floresta de Mildra, onde curiosamente conheceu Bella, a Basilisco fêmea que a treinou e a ensinou a se comunicar. Maya tem apenas treze anos, porém, vive tranquilamente na floresta. Apesar de que sempre dá mole para pervertidos, o que o irrita Bela.

    -Por onde esteve? – Perguntou Maya mudando de assunto enquanto tirava seu punhal do meio das roupas do mercenário de branco, agora petrificado.

    -Procurando comida! – Respondeu Bella. – Mas não achei nada... – Bella fez uma pausa e começou a andar lentamente em direção as estatuas de pedra. – Pelo menos para você!

    -Essa é a sua sorte! – Resmungou Maya. – Você ao menos pode se alimentar de pedra!Eu não! – Bella cruzou os braços, fez bico e deus as costas a Bella.

    -Mas não é qualquer pedra!Eu só posso me alimentar daqueles que eu transformo em pedra! – Corrigiu Bella.

    -Tá certo, mas antes me deixe pegar as roupas deles, então você poderá se alimentar! – Encerrou Maya tirando as roupas das estátuas.

    ~

    Em um porto na cidade portuária de Zarpona, um grande barco com o porte de um navio estava ancorado e prestes a zarpar. Seus tripulantes eram todas mulheres e estas carregavam caixotes e baús para dentro do navio através de pontes de madeira que ligavam este ao cais de desembarque. Grande parte das mulheres curiosamente usava calças compridas (um pouco rasgadas) presas por cintos ou não; camisas com desenhos violentos ou listradas (de preferência, curtas deixando a barriga à amostra); algumas usavam brincos e algumas bandana na testa. Porém, todas carregavam consigo espadas presas na calça ou em suas mãos. Algumas levavam a bagagem (caixas, barris, baús e outros recipientes) para dentro do navio e outras andavam pelas redondezas como quem estivesse procurando algo ou alguém. Estas andavam armadas.

    O porto estava meio vazio. Os cidadãos de Zarpona estavam mais para o interior da cidade do que para o porto, exceto alguns bêbados que andavam cambaleando perto de caixotes jogados por todos os lados e cachorros que ao se aproximarem do cais que o navio ancorou, eram assustados pelas mulheres que faziam a ronda.

    -Já terminaram? – Perguntou uma mulher de calça Jeans desabotoada, camisa branca, vestindo um curto casaco de veludo verde e uma bandana com uma caveira de bandeira de pirata e na testa da caveira, um circulo amarelo com um coração azul dentro. A mulher tinha cabelos ruivos longos e olhos verdes de fúria.

    -Sim senhora! – Respondeu uma mulher de shorts jeans também desabotoado, usando uma camisa listrada e com os longos cabelos loiros amarrados por um rabo de cavalo. Esta possuía três piercings em cada orelha e um no queixo.

    -Então vamos partir! – Ordenou à ruiva, que aparentava ser a líder do grupo.

    As demais mulheres que faziam a ronda se apressaram em entrar no barco que logo partiu sem ninguém testemunhar sua partida.

    Em alto, mar, algumas mulheres levavam os caixotes e baús para o convés do navio, e outras, içavam as velas, jogavam conversa fora enquanto bebiam (poucas faziam isso) ou subiam no mastro principal do navio. A ruiva que aparentava ser a líder andou até o mastro principal seguida por uma mulher um tanto mais jovem que esta. Ela tinha cabelos pretos curtos, usava uma calça igual a da “líder”, uma camisa rosa com manchas vermelhas e um caixão cinza desenhado nela. Esta tinha um piercing na boca e outro no queixo.

    Amarrado ao mastro principal havia cinco homens sentados. Dois deles eram jovens, aparentavam serem cidadãos comuns; Um usava uma malha de ferro, o que representava que era um soldado de Alabarda; o outro era um senhor de idade, com roupas nobres e elegantes e o outro era um velho usando uma capa que lhe cobria o rosto. Todos amarrados por uma única enorme corda que os mantinha bem presos.

    -O que pretende fazer com eles, capitã? – Perguntou a de cabelos escuros para a ruiva.

    -Irão servir como escravos!Trabalharão na cozinha e na limpeza do navio! – Falou esta olhando com desprezo para os velhos e o soldado. – E estes dois serão a nossa “diversão”! – Completou a capitã, olhando maliciosamente para os dois jovens que as olhavam com nojo.

    - Mas e enquanto ao garoto que estava nos seguindo? – Perguntou a de cabelos escuros.

    -Ele não é problema! – Respondeu a capitã. – Ele esta em um! E nós estamos em praticamente cinqüenta!Não terá chance contra nós! – Completou esta, se virando para a de cabelos escuros. – Vamos até Sagah! Pegue os mapas e nos de as coordenadas, “imediata”!

    -Sim senhora!

    A imediata se virou para ir até a cabine e a capitã lhe deu um tapa na bunda como quem estivesse a assediando. A imediata ignorou e voltou a andar até a cabine.

    Logo, uma mulher do mesmo tamanho que a capitã, de cabelos verdes longos, vestindo um casaco de couro e por baixo biquíni branco se aproximou da capitã e perguntou:

    -Seria melhor não irmos para Sagah capitã! Há muitos navios da frota militar de Alabarda naquela região!

    -Eu sei! – Disse a capitã séria e pensativa. – Talvez seja melhor mudarmos nosso curso... Quem sabe para a costa perto das montanhas de Emporium!

    -Na verdade vocês não vão a lugar nenhum! – Falou uma voz atrás das duas mulheres.

    Elas se viraram interrogativas e viram o velho de capuz sorrindo.

    -O que você disse? – Perguntou a capitã como se tivesse acabado de ter sido insultada.

    -Vocês não irão a lugar nenhum! Não a partir de agora!

    O velho logo se levantou e a corda ao seu redor se cortou em vários pedaços libertando-o e aos demais presos.

    -Como? – Indagou a capitã.

    -Quando confiscaram minhas coisas, esqueceram de revistar meu bolso, na qual eu guardei esse punhal comigo! – Falou o velho soltando o punhal no chão que fincou com sua ponta na madeira do navio.

    Curiosamente, sua voz era muito jovem para um velho, mas logo, ele tirou o casaco e se mostrou ter o porte de um jovem quase adulto. Usava uma roupa de batalha leve e de manga regata e uma calça de combate. Tinha um tapa-olho no olho direito e uma bandana marrom ao redor de sua testa que mantinha seus cabelos marrons espetados em pé.

    -Q-Quem... – Gaguejou a capitã.

    -Eu não sou velho! – Falou o jovem tirando a barba que se mostrava ser postiça da cara e deixando cair no chão.

    Todas as tripulantes do barco logo pararam seus afazeres para verem surpresas o jovem que as havia enganado.

    -Quem é você? – Rugiu a capitã.

    -Eu sou Kenshin Yamanobe! Um espadachim de Alabarda, muito prazer! - Falou Kenshin sorrindo para a capitã e a tripulante ao seu lado. – Andei seguindo vocês pela última semana, “Piratas da tripulação Afrodite”! Sei que estão indo para o norte de Alabarda, e então decidi capturá-las e ganhar uma recompensa com isso! Além de que irei libertar os prisioneiros deste barco.

    A capitã deu uma risada debochadora e muitas de suas tripulantes fizeram o mesmo logo em seguida, porém em um tom mais baixo.

    - Nos capturar? – Riu a capitã. – Você é só um jovem moleque que não chegou aos vinte anos! Acha que sem arma nenhuma pode nos vencer?A Tripulação Afrodite? – Perguntou a capitã, rindo enquanto jogava seus cabelos para trás. – Nós confiscamos sua espada, se é que, ela realmente estava dentro daquele caixote que você carregava! – Riu esta.
    -Não me subestimem! Eu sou bastante habilidoso! Só preciso desarmá-las para pegar uma espada e assumirei o comando da situação! – Falou Kenshin se colocando em posição de combate.

    Na verde, dificilmente Kenshin venceria esta. Kenshin tem um fraco por mulheres, e como pelo menos metade das tripulantes do barco eram belas moças com corpos desenvolvidos, este não se sentiria muito à vontade em lutar com elas.

    Porém, para a surpresa de todos no barco, um vento gelado soprou e fez todos estremecerem um pouco. As tripulantes pararam e olharam para todos os lados com cala frios como se estivessem procurando algo. Kenshin se virou e olhou para lá longe, em direção ao mar, e notou que alguma coisa estava vindo lentamente.

    -O que é? – Perguntou a de cabelos verdes ao lado da capitã.

    -É ele... – Falou a capitã hipnotizada olhando para o horizonte azul.

    -Então ele as seguia também... – Comentou Kenshin.


    Ao longe, cerca de uma milha de distancia do barco pirata da Tripulação Afrodite, um pequeno barco vinha pelo mar. Era uma canoa. Ela vinha lentamente e calmamente, e dentro dela, estava um garoto de treze anos, usando um colete marrom de regata, e uma calça agasalho vermelha cheia de bolsos. Ele usava luvas pretas e uma capa toda esfarrapada e surrada jogada para trás. Este tinha cabelos marrons e seus olhos eram vermelhos, apesar de que no momento ele estava de cabeça abaixada e de braços cruzados, como se estivesse dormindo no barco. Atrás de si, havia em pé, uma grande foice de cabo de madeira e uma lamina fina, afiada e brilhante.

    O barco vinha na maior tranqüilidade e o garoto nem abria os olhos.


    A tripulação começou a emitir um ar de suspense e Kenshin por mais que quisesse, não conseguia tirar os olhos do pequeno barco vindo na direção do navio pirata.

    -Droga! –Exclamou Kenshin. –Não posso me distrair!Meu foco é...

    Porém, antes de terminar sua frase, a capitã bateu com força com um pequeno baú na nuca de Kenshin e este apagou antes mesmo de cair de frente para o chão.

    -Capitã... – Falou a moça de cabelos verdes.

    -É só um idiota qualquer!Prendam-no compartimento de cargas! - Disse a capitã largando o baú e deixando-o cair no chão. – Esqueçam aquele “outro” cara!Vamos rumo às montanhas de Emporium!Fui clara? – Gritou a capitã.

    -Sim senhora! – Responderam as tripulantes em coro.

    ~

    Enquanto isso, nas montanhas de Emporium, uma mulher de vestido azul e roxo, com mangas bordadas de uma forma nobre, cabelos azuis longos com franja e olhos azuis observava o Sol de longe. Sua pele era clara, e a luz do Sol a deixava mais clara do que o normal. A mulher levantou seu braço direito e com a sua mão envolta por um longo pano branco e um colar, jogou para trás alguns fios de cabelos que estavam cobrindo sua visão por causa do vento que batia no alto da montanha.

    Atrás dela, logo, um dragão roxo surgiu. Era um dragão de escamas finas, com asas não tão fortes e semelhantes à de morcegos. Seus olhos eram vermelhos como os da mulher, e ao redor de seu rosto havia longos espinhos. Tinha músculos satisfatórios, e em suas costas uma coluna de pequenos espinhos desciam até a sua cauda enrolada. Sua coloração era roxa, porém, dá a impressão de ser preto devido às sombras projetadas pelo corpo.
    -O que a incomoda, mestra? – Perguntou o dragão a mulher com uma voz grave e forte como um trovão (porém, em um volume totalmente inferior ao de um verdadeiro).

    -Sinto uma inquietação no ar... – Respondeu a mulher em uma voz calma. – Parece que muitas coisas vão mudar de uma forma desagradável.

    -Há anos o mundo esta em guerra!Kelden já não é mais segura!Eu vivi muito, e não aconselharia uma nova geração nascer nos tempos de hoje! – Comentou o dragão.

    -Também não aconselharia! – Concordou a mulher. – Porém, em meio a esta guerra toda, os Adeptos e “Hope” pouco me importam!Só o que quero é destruir todos os que aprisionaram minha vila no passado! – A mulher ficou séria e fria.

    -Para onde pretende ir então, Shimizu? – Perguntou o dragão a Shimizu, sua domadora. Uma alegre mulher que passou longos anos de sua vida sendo torturada junto com sua vila em um lugar de sofrimento e dor. Após escapar de lá com vida, Shimizu encontrou Kumo, e se tornou mestra deste.

    -Iremos para Doh!É perto daqui e ouvi dizer que lá por ser uma cidade mineira, possui várias minas!Certamente grupos de pessoas que eu procuro devem escravizar cidadãos da cidade por lá e os obrigarem a trabalhar!

    -Se é assim...

    -Vamos, Kumo!

    A mulher sorriu alegremente, deu meia volta, andou em direção a Kumo e subiu nas costas deste. Logo depois, Kumo bateu asas e começou a voar livremente pelo céu. Rondou um pouco as montanhas, mas então se concentrou em ir para um nível mais baixo, aonde chegaria a Doh.

    ~

    Longe de Alabarda, longe de Kelden e de qualquer outro lugar que se possa imaginar, em uma caverna, a mais secreta e terrível possível que nem mesmo as criaturas mais obscuras se atreveriam a entrar, uma reunião acontecia.

    No interior da caverna, havia uma grande área vazia. Um espaço só de névoa e rochas pontudas. Porém, logo, um círculo formado por um fogo azul surge no meio da caverna e em seu interior um pentagrama. A luz era forte o suficiente para iluminar até os pequenos buracos na parede pela qual os vermes se escondiam.

    Logo, no topo de cada um dos doze pilares de rocha ao redor do grande circulo de fogo azul, figuras de capuz começam a surgir a partir de uma chama azul que saiu de dentro dos pilares e aos poucos foi se apagando. Ambas as figuras usavam um capuz preto e no meio da vestimenta, na região da barriga, havia uma cruz com os braços caídos para baixo.

    A luminosidade do fogo abaixou, e o local ficou mais escuro, porém a luz azul emitida pelo fogo iluminava 1/3 do local.

    -Estão todos aqui? – Perguntou um dos seres de capuz com uma voz forte e pesada.

    -Sim! – Respondeu os demais seres em coro.

    -Esta na hora de pormos um final nesta história de uma vez por todas! – Falou o ser que fez a pergunta inicial. – A tempos procuramos “Hope” sem nenhum resultado!Porém, nossa busca resultou em mortes e destruição!A destruição de Kelden é a nossa recompensa, porém, não podemos governar um mundo que esteja aniquilado por completo! – Este fez uma pausa. – Kelden esta encharcada de medo!Sua população treme e os soldados sabem que não podem conosco apesar de resistirem ao nosso poder!

    -Aonde quer chegar mestre? – Perguntou um segundo ser de capuz.

    -Esta na hora de agirmos com astucia e cautela!– O ser levantou a mão esquerda e dela uma esfera de luz lilás surgiu, e esta esfera mostrou o mundo de Kelden. – Irei enviar um de vocês para cada continente!Sua missão será procurar Hope, e quando encontrá-lo, já sabem o que fazer...

    -Alguma restrição? – Perguntou uma terceira figura de capuz.

    -Nenhuma!Podem destruir a vontade, matar e assim prosseguir contanto que não exagerem e não destruam seus continentes...

    -Perfeito! – Concordou a terceira figura. – Se é assim eu me voluntario para procurar em Alabarda, mestre. – Falou este levantando a mão.

    -Eu já iria escolhê-lo de qualquer jeito, Shinobu Malkavian! – Falou o primeiro. – Você foi traído pelo rei de Alabarda, por seu melhor amigo e foi morto em seguida. Tinha uma vida boa e honrada que caiu para uma vida de dor e sofrimento. Perdeu tudo e todos. Agora é a sua chance!A sua chance de aterrorizar Alabarda e de obter sua vingança, e quando tivermos Hope, você verá o seu sonho se tornando realidade! – O primeiro levantou suas mãos para o alto em forma de ritual. – Todos nós teremos nossos sonhos realizados!

    -Então chegou à hora... – Shinobu tirou o capuz e seu rosto cinzento com seus cabelos sem cor e sem vida se revelaram. Seu olhar de ódio, sofrimento e vingança esboçou um olhar ameaçador. – Esta na hora de Alabarda cair!


    Continua...






    Última edição por Lavi-kun em 8/4/2012, 12:46, editado 2 vez(es)
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    Mensagem por Shinobu 4/3/2012, 12:29

    hehe Alabarda mi aguarde Fanfic - The Legend of Kelden 136068172

    fico muito foda a fic :O
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    Mensagem por Nika 4/3/2012, 13:56

    Aleluia Lavi O-õ
    Adorei o inicio *-*
    Vou caçar o basilisco da Laiila o/


    Última edição por Nika em 4/3/2012, 13:57, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Tenshi 4/3/2012, 13:56

    lol Lavi continua u-u
    sahuhasuhus achei mto engraçado a person da Laila XD, é "inocente"
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    Mensagem por Ripper-kun 5/3/2012, 14:04

    LOL eu sou pobre ando de canoa 8)
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    Mensagem por Lavi-kun 5/3/2012, 16:07

    Ai povinho bonito que comentou:
    Obrigado hein?\o/

    Vou começar agora a trabalhar no 2° capítulo! Fanfic - The Legend of Kelden 792731
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    Mensagem por Tenshi 5/3/2012, 16:15

    Quando sai o capitulo 2 , Lavi? :D
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    Mensagem por Ghbielo 5/3/2012, 19:13

    Saiu weee/
    vou começar a ler logo *o*
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    Mensagem por Lavi-kun 5/3/2012, 19:29

    Tenshi escreveu:Quando sai o capitulo 2 , Lavi? :D

    Pode demorar um pouco! Fanfic - The Legend of Kelden 83390
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    Mensagem por Ghbielo 5/3/2012, 20:17

    Perfect Lavi *O*
    Estou Ansioso pelo 2º *O*
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    Mensagem por Shinobu 5/3/2012, 22:55

    eu sou muito dark tava até brincando com um pentagrama na fic Fanfic - The Legend of Kelden 3391455549
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    Mensagem por Tenshi 11/3/2012, 00:23

    LAVIIII CAD O CAPiTULO 2? DD:
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    Mensagem por Lavi-kun 11/3/2012, 18:54

    E ai povo?
    Desculpem a pouca demora!Estava sem tempo!e.e
    Ah!
    Para quem quiser acompanhar a história com o mapa de Alabarda, entre neste tópico Bônus que eu fiz!o/
    Tópico Bônus!
    ------------------------
    The Legend of Kelden

    Capítulo II
    A caçadora que virou presa
    Participação VIP:Izumi Aika

    Continente de Alabarda
    Ano 151 da Meia Era


    A caçadora andava lentamente e atenciosa pela floresta com sua falcão fêmea em seu ombro esquerdo. Estava alerta para todos os possíveis sons e ocasionalmente, a cada dez passos, se agachava para examinar com cuidado o rastro do Basilisco que esta estava caçando.

    Ela já estava na floresta de Mildra. A vegetação do lugar, de amarelo e verde claro mudou para verde escuro. O clima, de seco e leve ficou mais úmido e quente. O barro secou e as folhas caídas no chão praticamente sumiram. Agora só havia mais arbustos, árvores, grama verde e poças de lama encontradas raramente.
    As florestas se Mildra são grandes demais para serem exploradas em um dia, a caçadora sabia disso. Por isso mesmo, sedo ou tarde, quando o sol se posse, ela teria que parar para descansar ou sair da floresta, pois passar a noite cercada de criaturas selvagens não é muito seguro. Ainda mais se você estiver sozinho.

    Um ruído foi feito!A caçadora agora se escondeu atrás de uma grande árvore e olhou para o meio da trilha pela qual prosseguia. Esperou e observou... Até que para sua surpresa, dois homens, de meia idade saíram da mata e caminharam no meio da trilha.

    Eram simples aldeões. Usavam roupas de cores fracas, um manto cada um. O maior, careca e com a pele enrugada, carregava um saco grande sobre o ombro esquerdo e uma inchada. O outro, menor e mais velho, vinha andando apoiado em uma bengala. Ambos usavam chapéus de palha.

    -Pode sair jovem moça! – Avisou o menor deles olhando para a árvore pela qual a caçadora havia se escondido atrás.

    Esta, vendo que eles não eram ameaça, saiu calmamente de trás da árvore, guardou sua flecha na aljava e segurou o arco com uma só mão em sinal de tranqüilidade.

    -Eram só aldeões... – Comentou a caçadora em um suspiro para os homens, enquanto sorria. – A floresta de Mildra não é um lugar seguro! O que fazem aqui? – Perguntou aos homens.

    -Estamos de passagem!Moramos em Cellá, a cidade de Mildra. Mas e você jovem, o que faz aqui? – Perguntou o menor.

    A caçadora colocou a mão direita na cintura, sorriu aliviada e então respondeu:

    -Me chamo Izumi Aika! – Respondeu. – Eu e Azu estamos caçando nas florestas de Mildra. – Izumi apontou para Azu em seu ombro. – Recentemente encontramos o rastro de um Basilisco, e o seguimos até aqui!

    -Um Basilisco em Mildra? – Indagou o velho mais alto em um suspiro.

    -Sim! – Confirmou Aika.

    -Que raridade inexplicável! – Comentou o mais baixo logo mudando seu ar para sério novamente. – Por outro lado, você não deveria estar aqui, jovem!

    -Porque não? – Aika mostrou um ar de duvida.

    -A floresta tem estado bem agitada ultimamente! Parece que os Orcs migraram de Saya para Alabarda através da floresta de Mildra, recentemente. – Respondeu o mais baixo.

    -“Orcs”? – Repetiu Aika. – Em Mildra? Mas eu pensei que...

    -As coisas estão mudando jovem caçadora! – Interrompeu o mais baixo. – Há rumores de que os Adeptos estão se deslocando para o nosso continente!

    -O que?Os Adeptos? – Aika ficou pálida. Tremeu e engoliu em seco ao ouvir aquela palavra. Porém, logo recuperou a cor, sorriu calmamente (mais ainda nervosa) e completou: - Bem, obrigada! Eu já vou...

    -Espere! – Alertou o mais baixo levantando sua mão direita em sinal de alerta. – Não é só isso!

    Aika ficou séria e voltou a prestar atenção no pequeno velho.

    -Se fossem só os Orcs os problemas, você teria algumas chances!São criaturas brutais, estratégicas e espertas, porém, não são tão bons em rastreamento e despistagem quanto vocês, elfos! Mas, dizem também que um Devorador de Mentes está rondando a floresta!

    -Como?Um Devorador de Mentes? – Perguntou Aika espantada. – Mas eles não são...

    -Criaturas das trevas que vivem somente no submundo!Certo? – Interrompeu o mais baixo. – Ninguém sabe como ele veio para Alabarda!Pode ser obra dos Adeptos na pior das hipóteses...

    Aika engoliu em seco, mas então deu um sorriso leve e constrangedor tentando acalmar a si e botar confiança nos aldeões.

    -Irei tomar cuidado! – Disse. – Obrigado pela informação!

    -Está certo... – Disse o mais baixo.

    -Cuidado vocês também, hein?

    -Pode deixar jovem caçadora!Boa sorte!

    Aika se despediu dos dois aldeões e seguiu seu caminho em direção ao Basilisco que rastreou. Porém, ficou um bom tempo parada, o que fez com que as pegadas fossem sumindo e o cheiro de cobra se dizimando no ar. Aika, desta vez sem seu arco preparado para o ataque, andou em um passo mais apertado, sem olhar para trás, apenas para frente.

    Porém, além da vontade de ir atrás do Basilisco, esta estava um pouco preocupada com o tal Devorador de Mentes que o velho aldeão citou. Já aprendeu sobre devoradores de mentes. São criaturas frias, egoístas e traiçoeiras. Não poupam suas vítimas para nada e são extremamente impiedosos e infiéis á seus aliados e superiores, podendo abandoná-los quando quiserem sem se importar com o que irá acontecer depois. Se te pegam, devoram sua mente antes que você possa reagir. Por isso, Aika procurava ficar mais atenta desta vez, e, até Azu, sentia medo do pior que poderia acontecer.

    ~

    O navio pirata da Tripulação Afrodite navegava pelas águas pouco agitadas perto da costa Sul de Alabarda. Iam em direção a região das Montanhas de Emporium. No convés, amarrado a um pilar que sustentava o teto do navio sobre as mercadorias roubadas, estava Kenshin, desarmado e incapaz de se defender de qualquer ataque surpresa. As piratas amarraram seus braços atrás do pilar, e este permanecia sentado.

    A sua frente, estavam duas piratas. Uma tinha cabelos azuis, usava um top preto e uma calça de borracha desabotoada com botas de couro. Seus cabelos estavam presos por um rabo de cavalo e esta tinha uma bandana vermelha amarrada ao redor da testa. A outra era a mulher de casaco que acompanhava a capitão quando esta nocauteou Kenshin.

    -É um rapaz bonito! – Comentou a de cabelo azul. – O que será que podemos fazer com ele? – Perguntou esta em um ar pensativo.

    -Não pense em besteiras, Laila! – Argumentou a de cabelos verdes. – A capitã irá usá-lo como mão de obra!

    -Ele é o mais bonito que já capturamos!Fazer uma belezinha dessas trabalhar é um desperdício! – Laila se agachou e encarou maliciosamente Kenshin nos olhos.
    -O que pretende fazer? – Perguntou às pressas a pirata de cabelos verdes.

    Laila desamarrou sua bandana e vendou Kenshin com ela.

    -A capitã não precisa saber disso, certo Mika? – Perguntou Laila, logo se sentando no colo de Kenshin.

    -Ei, espera ai... Se a sua capitã descobrir, você pode se encrencar sabia? – Questionou Kenshin, meio sem graça.

    -Ele está certo! – Concordou Mika. – Vamos Laila, pare de tolices!

    -Esta dizendo isso, pois esta com inveja! – Retrucou Laila.

    -I-Inveja? – Indagou Mika, furiosa.

    -Se você o quer tanto, porque não se junta a nós? – Perguntou Laila abrindo a camisa de Kenshin e deixando este sem graça e o mesmo a Mika.

    Porém, o clima do convés logo foi interrompido pelo som de um tiro de canhão que acertou o mar.

    -O que foi isso? – Perguntou Laila ficando tensa e preocupada em um piscar de olhos.
    -Ataque!

    Os três no convés ouviram um grito que foi abafado pelo som de outro tiro. Logo, uma mulher de casaco e cabelos pretos caiu rolando escada abaixo até os pés da escada do convés. Ela estava coberta de sangue e aparentava estar morta.

    -Merda!Um ataque! – Reclamou Laila se levantando do colo de Kenshin, desvendando este e pegando uma espada jogada no chão. – Vamos Mika!

    Laila subiu correndo as escadas do convés e logo atrás de si foi Mika, que antes de subir as escadas, voltou seu olhar para Kenshin e depois se foi.

    -Ei!Espera! – Chamou Kenshin. – Me desamarre!

    Kenshin não pode fazer nada. Agora, tentando se soltar na base da força, só ouvia, o som de gritos de dor, tiros de revolveres, e o som do impacto de duas laminas se chocando.

    -Droga! – Reclamou Kenshin.

    ~

    Shimizu e Kumo pousaram nos arredores da cidade de Doh, em uma região rochosa. Como Doh não era muito longe das montanhas de Emporium, foi uma viagem rápida, já que Kumo voava em uma velocidade considerável e o vento não batia contra eles naquela tarde.

    Ao descer de Kumo, Shimizu caminhou entre as pedras até chegar perto de um portão de madeira formando um arco. Nele, havia gravado o nome “DOH”. Era o portão da cidade! Kumo se aproximou de Shimizu e ficou ao lado desta. Depois, ambos andaram um pouco mais para frente e se deram na rua principal da cidade. Estava tudo deserto. Não havia pessoas nas ruas; as casas estavam abandonadas e as lojas fechadas.

    -Eu irei explorar sozinha a partir de agora, Kumo! – Exclamou Shimizu. – Certamente você chamaria muita atenção!Fique nos arredores e quando eu precisar irei chamá-lo!

    -Sim!

    Kumo deu meia volta e foi caminhando em passos fortes para fora da cidade.

    Shimizu, sozinha, andou calma e serena pelas ruas da cidade. Não havia movimento em lugar nenhum, até que esta aparentemente ouviu o som de enxadas colidindo com pedras. Shimizu andou em uma passada mais rápida para o interior da cidade, e a cada vez que se aproximava das minas, mais claro ficavam os sons ao seu redor. Andou até chegar perto de uma região cheia de carrinhos de construção, pedras grandes e troncos de madeira cortados e empilhados. Podia ouvir o som de gritos de ordem e de chicotadas. Começou a sentir um aperto no coração, mas logo voltou ficar calma.

    Shimizu avistou uma mina!Era grande, havia várias pessoas trabalhando em sua frente e certamente haveria outras trabalhando em seu interior. Shimizu se escondeu atrás de blocos de pedra e observava com cuidado a situação: Pessoas de todas as idades quebravam pedras com suas enxadas e outras traziam de dentro da mina, carrinhos carregados de pequenas pedras. Estavam fazendo aquilo contra sua vontade: Homens com túnicas e lenços árabes amarrados na cabeça as chicoteavam ou as chutavam para irem mais rápido ou fazerem direito. Logo, um garoto com cerca de dez anos saiu correndo de dentro da mina carregando uma grande pedra cinzenta e quando chegou à luz do sol, caiu e derrubou a pedra.

    -Você não faz nada direito! – Gritou um dos homens levantando o garoto pela camisa e o jogando contra uma pedra.

    Shimizu ficou com muito ódio deles. Queria atacar naquele momento, mas alguma coisa lhe disse que não deveria fazer aquilo, e então, esperou.

    ~

    O garoto de casaco preto caminhava ao lado de seu panda pela vegetação rasteira do oeste de Kelden. Estava calmo e admirava as flores que encontrava pelo caminho. Logo, avistou um amontoado de barracas. O garoto parou por um momento, e logo notou que ao lado das barracas havia pessoas sentadas no chão. Amarradas. Homens, mulheres, velhos e crianças. Era um acampamento. No meio, várias caixas e sacolas estavam jogadas por todos os lados, e muitas coisas de boa utilidade estavam quebradas. De dentro de uma barraca, saíram dois seres trogloditas a empurrando. Tinham a pele verde acinzentada, eram peludos e possuíam longos cabelos cinza com algumas mexas em tranças. Possuíam testa baixa e rosto suíno, com caninos proeminentes que lembravam presas de javalis. Possuíam orelhas pontudas e bons músculos, não eram muito altos e vestiam uma armadura que protegia somente suas costas, e um pouco da frente. Era uma armadura de coloração amarela, pouco resistente, com espinhos de ferro mal cuidados no ombro, e calças do mesmo material e coloração. Usavam bostas de ferro.

    -Orcs! – Exclamou o garoto.

    Um dos Orcs levou a mulher até os demais humanos capturados, amarrou-lhe as mãos atrás das costas e a sentou a força, quase a fazendo cair. O outro Orc foi até um amontoado de caixas quebradas e tirou do chão, um machado de cabo longo, e lamina grande, mas enferrujada. Este se aproximou de um homem sentado, e estendeu e apoiou o machado no chão pelo cabo, depois, apontou para ele disse para o companheiro:

    -Vamos usar este aqui!

    O companheiro concordou e chutou o homem que caiu de cara no chão. A mulher ao seu lado quase começou a chorar e as crianças se acomodaram perto da mãe.O Orc com o machado o levantou no ar e se preparou para decepar a cabeça do homem quando o garoto de casaco preto, a cerca de dez metros de distancia das barracas, gritou:

    -Ei!Parem!

    Os Orcs ouviram e em um pulo notaram o garoto e seu panda.

    -Me enfrentem, seus bastardos! – Gritou o garoto.

    Os Orcs furioso com a provocação decidiram atacar. O primeiro Orc correu com seu machado levantado, e o segundo, arrancou da bainha amarrada em sua cintura, uma espada de lamina curta e enferrujada. Ambos correram furiosos na direção do garoto.

    O panda do garoto rugiu e quase atacou, mas o garoto colocou a mão na frente e o impediu. Depois, enfiou a mão dentro do seu casaco e dele tirou uma espada de cabo de ferro, lamina longa e luminosa. Mesmo durante o dia, o brilho da sua espada foi forte o suficiente para atingir a visão dos Orcs e os ofuscar. Porém, estes continuaram correndo desorientados até o garoto e quando estava perto o suficiente, em um único movimento o garoto jogou seu braço direito para o lado esquerdo, e o puxou de volta com a lamina estendida.

    O movimento foi rápido, e ambos Orcs tiveram um corte desferido em suas barrigas sem ao menos se defenderem devido à ofuscação da luz em seus olhos e caíram no chão gravemente feridos. Cada um para um lado do garoto.

    O garoto venceu. Depois, correu até o pequeno acampamento e desamarrou um por um dos cidadãos.

    -Obrigado moço! – Agradece uma garota da mesma idade que ele, pulando em si e o abraçando em forma de agradecimento.

    -Não foi nada, bela moça! – Retribuiu o garoto em um ar romântico.

    -Você salvou a todos nós, e ao meu marido em principal! – Agradeceu uma mulher.

    -Como podemos lhe retribuir, jovem? – Perguntou o homem barbudo que quase foi morto pelos Orcs.

    -Eu só fiz porque esta é a minha missão!Irei atrás de todos os seres maus neste mundo e irei destruir todos!Um por um! – Falou o garoto sorrindo e guardando sua espada.

    -Ao menos podemos saber seu nome? – Perguntou a garota deslumbrada.

    -Toyoto! – Respondeu ele, com um ar de justiça.

    ~

    Aika andava pelas florestas de Mildra com cautela e cuidado. Não poderia baixar sua guarda contra os seres malignos que a rodeavam. Azu estava inquieta, batia as asas de vez em quando em sinal de desespero, mas Aika sempre a acalmava.

    Aika logo detectou um som!Rapidamente se escondeu em um arbusto e oprimiu Azu contra seu corpo com muito cuidado para não fazer sua falcão gritar de dor e chamar atenção.
    Logo, perto do arbusto na qual Aika estava escondida com Azu, um grupo de dez Orcs passou correndo com voracidade, como se estivessem prontos para um ataque. Porém, ambos estavam feridos e com suas vestimentas ligeiramente sujas de sangue.

    Aika esperou a correria passar, e então saiu do arbusto e soltou Azu que voou e pousou em um galho.

    -O que foi isso? – Se perguntou Aika.

    Esta logo então voltou a andar pela floresta, seguindo o rastro do Basilisco, porém, Aika subitamente parou ao notar algo: O rastro do Basilisco estava muito perto desta!
    Aika tirou seu arco e sacou uma flecha a posicionando nele. Esta ficou preparada e atenta aos movimentos que observava no escuro. Foi andando lentamente pela mata, de uma forma que não fizesse barulho. Também torcia para que Azu não fizesse som nenhum a ponto de denunciar a sua aproximação. Mas para seu susto, um machado de arremesso veio voando em sua direção por trás e fincou em uma árvore ao lado. Aika quase deu um pulo de surpresa e então se virou para trás e se deparou com dois Orcs que haviam saído de trás de uma árvore e estavam com suas armas expostas e prontas para o ataque.

    -Droga! – Grunhiu Aika.

    Os Orcs começaram a correr em direção a Aika. Estavam um pouco longe, cerca de cinco metros. Aika aproveitou a flecha que tinha posicionado em seu arco e a disparou na direção dos inimigos. A flecha atingiu bem no peito esquerdo Orc que vinha correndo na frente do outro e este caiu para trás liberando um grito abafado. Aika tirou outra flecha de sua aljava e a posicionou em seu arco. Mirou na cabeça do segundo Orc que vinha correndo com um machado de guerra levantado, porém antes de atirar, uma mão saiu de trás de uma árvore a sua frente e agarrou pelo lado o pescoço do Orc. Aika arregalou os olhos de surpresa. O Orc se debatia e a mão foi se estendendo dando a visão a um braço, que logo revelou um corpo, e logo, um monstro. Tinha cabeça de polvo com olhos pequenos e maldosos e vários tentáculos. Usava roupas pretas, nobres até. Sua pele era de um azul esverdeado e sua mão tinha apenas quatro dedos, porém conseguia segurar com perfeição o pescoço do Orc e logo o ser o levantou no ar enquanto o Orc se debatia tentando se soltar.

    Os tentáculos da cabeça de polvo da criatura se enrolaram pelo corpo do Orc e o imobilizaram, e quando este estava cansado de resistir, a criatura liberou um grunhido e pedaços de partículas em forma de poeira começaram a sair dos ouvidos e da cabeça do Orc e foram entrando na boca cheia de dentes da criatura. Logo, as partículas acabaram, e a criatura soltou o Orc que caiu no chão, morto.

    -Porcaria!Justo agora... – Reclamou Aika. – Devorador de Mentes!

    Azu bateu as asas agitada e liberou múltiplos grunhidos. Aika então decidiu fugir em silencio junto com Azu, mas já era tarde: O Devorador de Mentes já a tinha visto!

    ~

    O navio da Tripulação Afrodite estava sofrendo um massacre. O jovem garoto de cabelos castanhos, vestimentas vermelhas e foice que há pouco tempo seguia o enorme barco pirata, agora estava mutilando todas as piratas, uma por uma.

    -Ele é muito rápido para nós capitã! – Gritou a imediata para capitã. – Nem nossas balas conseguem pegá-lo!

    A capitã avançou em cima do garoto de olhos vermelhos que estava em pé no meio do barco segurando sua foice (acabará de decepar a cabeça de duas piratas) e tentou golpeá-lo com sua espada. O garoto agachou rapidamente e desviou do golpe que poderia ter cortado sua cabeça e então desferiu um chute na barrigada da capitã com tanta força que esta saiu voando e foi cair bem em cima de duas de suas tripulantes. A capitã mal tentou se levantar e o garoto corria em sua direção e em seguida pulou no ar para desferir um golpe critico nesta. Porém, foi protegida por duas de suas tripulantes que colocaram suas espadas na frente da foice do garoto e bloquearam o golpe. O garoto então foi forçado a voltar para trás.

    A capitã se levantou brava e gritou:

    -Seu cretino!O que quer de nós?

    -Eu pensei ter sentido uma aura poderosa neste barco, mas não a acho em lugar nenhum...
    -Fogo! – Gritou a capitã.

    O jovem estava bem no meio do navio, e em cada uma das bordas do navio havia um canhão apontado para este. Uma mulher em cada acendeu a vela do canhão e ambos os canhões ao mesmo tempo dispararam uma bala de canhão na direção do garoto.

    Porém, o jovem foi mais rápido e pulou no ar para se esquivar do golpe. Os dois tiros se colidiram e as balas rechicotearam voando em direção oposta e acertando as piratas que dispararam os tiros. Estas foram jogadas para fora do barco junto com destroços dele.
    O garoto pulou tão alto que conseguiu se segurar no mastro do navio com a mão direita e ali ficou pendurado.

    -É agora!Peguem ele!Fogo! – Gritou a capitã.

    Uma pirata se aproximou de um canhão e o posicionou na mira do garoto e então o disparou. Porém, o garoto foi ágil e se soltou do mastro, deixando o tiro acertar a estrutura de madeira deste e deixar um monte de estilhaços caírem sobre o barco.
    -Droga!O mastro! – Exclamou a imediata.

    -Aquele cretino... Eu irei matá-lo! – Rugiu a capitã se virando para procurar o garoto. – Onde esta você desgraçado?

    -Aqui!

    A capitã se virou e sem notar o que a atingiu, teve sua barriga perfurada pela foice do jovem.

    -Capitã! – Exclamou a imediata.

    -Quando ele... – Falou uma tripulante ao lado da capitã.

    O jovem garoto estava na frente da própria capitã, com a sua foice atravessada na barriga desta. As demais tripulantes nem o virão chegar perto delas e não sabiam que reação fazer. A capitã segurou a lamina da foice do jovem e tentou puxá-la para fora de sua barriga, mesmo com muita dor. Quanto mais força fazia, mais sangue jorrava.

    -É inútil! – Alertou o jovem. – Vocês me subestimaram!E eu sou muito mais jovem que vocês!

    A capitã, em seus momentos finais, cuspiu sangue e então gaguejou uma pergunta:

    -Q-Quem... É v-você?

    O jovem olhou para ela com desprezo e serenidade e então removeu sua foice da barriga desta. A capitã caiu morta no chão e suas tripulantes foram socorrê-la.

    -Meu nome é Ripper Nobunaga!

    ~

    -Esta vendo Bella? – Perguntou Maya a sua Basilisco.

    -Sim!Um Devorador de Mentes! – Respondeu Bella.

    -Como ele veio parar em na floresta de Mildra?

    -Eu não sei!Seu lugar é no submundo!Não há porque ele estar aqui!

    Pouco distante de Aika e do Devorador de Mentes, a cerca de dez metros, Maya e Bella, de passagem, avistaram a cena da caçadora elfo enfrentando os Orcs que teve sua luta interrompida. Agora, ambas observavam a cena escondidas atrás de pequenos arbustos.
    -Ele vai ficar lá por um bom tempo eu creio! – Comentou Maya vasculhando sua roupa a procura de algo.

    -O que esta procurando?

    -Meu caderno de catalogação é claro! – Respondeu Maya arrogante. – Eu não posso perder uma oportunidade dessas!Tenho que catalogar esse Devorador de Mentes o quanto antes melhor!
    -Porque tem essa mania estúpida de quere catalogar todos os bichos que você vê por ai? – Perguntou Bella em um tom arrogante.

    -Esse é meu sonho!Irei catalogar todos os animais deste mundo! – Respondeu Maya em um tom vitorioso.

    -Então porque irá catalogar um Devorador de Mentes? – Perguntou Bella. – Ele é uma criatura mágica!Não um animal!

    -Errado! – Corrigiu Maya. – Olhe para a cabeça dele!

    Maya apontou para a cabeça do Devorador de Mentes.

    -Ele é um polvo! – Exclamou ela.

    -Imbecil! – Gritou Bella com fúria do grave erro de Maya. – Aquela é só a cabeça dele!Ele é um humanóide monstruoso!

    -Ah! – Falou Maya sem graça. – Eu pensei que ele fosse um polvo.

    -Tsc! – Reclamou Bella. – Venha, não há o porquê observarmos eles quando...

    -Espere! – Falou Maya.

    -O que foi?

    -Estou sentindo uma aura nova! Esta perto até! – Maya ficou mais séria.

    Ambas ficaram em silencio por um tempo.

    -Eu também posso sentir... – Confirmou Bella, agora menos estressada. – É uma aura familiar!De origem negra, sem vida e com apenas ódio!

    -O que isso quer dizer? –Perguntou Maya olhando para Bella.

    -É um ser das trevas!Do Submundo! –Respondeu Bella com frieza.

    -Do Submundo?Outro? – Indagou Maya surpresa.

    -Sim!Mas seja lá o que for não devemos ficar na presença dele!Vamos embora antes que o pior possa acontecer! – Optou Bella, dando meia volta.

    -Estranho você falar isso! – Comentou Maya. – Você tem o poder de transformar qualquer um em pedra!Como pode estar com medo de algo?

    -Há muitas coisas mais poderosas que eu neste mundo, Maya! – Respondeu Bella andando sem se importar com que Maya ficasse para trás. –E há muitas que eu preferia não encontrar em hipótese alguma!

    Maya voltou seu olhar para a cena que via de longe e então voltou a seguir Bella.


    Continua...
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    Mensagem por Ghbielo 11/3/2012, 20:27

    Adorei *O*

    "E há muitas que eu preferia não encontrar em hipótese alguma!"
    Medo dessa parte lol
    Parabens Lavi :D
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    Mensagem por Nika 11/3/2012, 20:30

    Ebaaa, o capitulo saiu *-* quando sai o proximo? o/

    E agora! O que será da Aika? ç_ç

    Ri, a pirata se chama Laila 8D
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    Mensagem por Lavi-kun 11/3/2012, 22:17

    Vai levar tempo Nika!.-.

    Se bobear, só no final do mês mesmo!Fanfic - The Legend of Kelden 370684


    Ghbielo escreveu:Adorei *O*

    "E há muitas que eu preferia não encontrar em hipótese alguma!"
    Medo dessa parte lol
    Parabens Lavi :D

    É!Pensei em uns bicho muito foda quando escrevi essa parte!ê.ê


    Anyways, obrigado dois!^^
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    Mensagem por Tenshi 11/3/2012, 23:05

    suahusuahsuuhauh me diverti mto nesse 2 cap(avá!) *u*, principalmente na parte em que o Kenshin fica com os olhos vendados e a pirata Laila(lembrei da manin XD , por ser tbm perva :B ) faz umas "brincadeirinhas" com ele kk, eu ri d+ kkkkk, e da reação dele tbm XD
    *u* Os personagens estao quase se encontrando (alguns), por exemplo a Aika e a Maya, elas estao mto perto ja u-u
    Continuaaa Laviiii o/
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    Mensagem por Ripper-kun 13/3/2012, 09:04

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk a fic tá muito maneira e.e' kkkkkkkkk euri aqui da laila e.e' meu personagem e forte e.e'
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    Mensagem por Laiila 13/3/2012, 19:37

    Por que Laila ?
    --'
    Num tinha outro nomezinho não ? --'
    mas valeu, se eu fosse ela, eu faria a mesma coisa Fanfic - The Legend of Kelden 28837
    Porem, entretanto e todavia, há erros num tão graves de puro portugues, mas esse eu deixei passar, mas cuidado heeim meu amoor.

    Continue assim, a Maya tá perfeita *--*, todos os personagens estão perfeitos.
    Maya inocente,maliciosa e um tanto idiota xD
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    Mensagem por Ripper-kun 14/3/2012, 08:32

    Falando em Laila agora que notei ninguem escrevi laiila quando da presente de sign pra ela escrevem Laila com só 1 I XD
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    Mensagem por Laiila 14/3/2012, 12:06

    mar num é, I like assim ... sei lá só eu escrevo Laiila o0 é pessoal e intransferivel ^^
    mar tinha que ser uma Laila o0
    Eu gosti da Bella *--*
    ela é cuti *--*
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    Mensagem por Lavi-kun 14/3/2012, 19:58

    Vão implicar com aquela figurante inútil que eu fiz de passagem e que vai ******* no próximo capítulo?'-'
    O nome foi de ultima hora....

    Mesmo assim, obrigado ai povo!^^


    Obs:Laiila, eu não notei erros!O Word corrigiu tudo, e, o que ficou errado, é porque não tem lógica!
    Ou vc acha que "Ele e o seu pando" faz sentido?u.u
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    Mensagem por Laiila 14/3/2012, 21:40

    Lavi-kun escreveu:

    Obs:Laiila, eu não notei erros!O Word corrigiu tudo, e, o que ficou errado, é porque não tem lógica!
    Ou vc acha que "Ele e o seu pando" faz sentido?u.u

    eu pequei uma frase, num sei se foi no 1 ou no 2 capitulo que diz, sedo ou tarde, e tinhas outras que eu preferi fazer vista grossa e nem comentar u.u

    Pra num dizer que eu sou chata com isso u.u
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    Mensagem por Ripper-kun 16/3/2012, 13:25

    + vc é chata cum isso e.e'
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    Mensagem por Shinobu 16/3/2012, 21:46

    LOL muito foda o segundo capitulo Fanfic - The Legend of Kelden 3607451784
    tenho um palpite de quem seja esse caboco q tah vindo ae e.e Fanfic - The Legend of Kelden 136068172

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