[ Para começar bonito, vou postar dois capítulos da minha fic que está em andamento ^^ espero que gostem galera. ]
No início dos tempos o mundo era comandado por diversas nações as quais foram criadas por respectivos deuses. Essas nações estavam espalhadas por todo lugar e também comandavam devidas áreas como uma amostra de poder. Em meio a essas nações existiam as cinco grandes que eram a Nação do Fogo, Nação da Água, Nação da Terra, Nação das Trevas e a Nação do Ar que tinham o dever de manter o equilíbrio para conter um mal selado no norte das Terras de Prata. Esse mal era uma nação temida... A nação dos imortais que por ordem dos deuses devia ser mantida presa, pois se caso fosse libertada o caos tomaria conta de todo o mundo. Era uma missão extremamente simples, as cinco principais nações deviam sempre estar em harmonia para manter a magia que prendia os imortais e, caso essa regra fosse quebrada, os mesmos seriam libertados. A tarefa poderia ser bem simples se todos tivessem personalidades iguais, mas os povos de cada nação tinham personalidades únicas que facilitava muito distinguir quem era quem. O povo da Nação do Fogo era conhecido por sua bravura, coragem e confiança, o povo da Nação da Água tinha uma frieza fora do comum, era realista e nada simpático, a Nação da Terra era séria, inteligente e também bastante esforçada. A Nação das Trevas era conhecida por seus masoquistas, antissociais e sem senso algum de humor (pelo menos era o que todos diziam), e o povo da Nação do Ar era bastante hiperativo, brincalhão e romântico.
A paz foi mantida durante anos e anos até que um dia ela foi quebrada... O rei da Nação das Trevas se rebelou contra as outras quatro nações aliadas com o objetivo de libertar a tal Nação dos Imortais para assim poderem se unir e dominar o mundo. E assim iniciou-se a Guerra dos Cinco Grandes. Enquanto as quatro nações batalhavam contra a das trevas com o objetivo de derruba-la para assim manter novamente o equilíbrio se esqueciam da principal regra que era a harmonia entre eles... E assim no norte podia se ver o céu escurecer e um grande raio atingir o chão, ao longe podia se ver humanos com vestes velhas, olhos vermelhos como sangue fúria em seus rostos. Quando as nações se davam conta do erro que haviam cometido era tarde demais e para tentar corrigir seu erro focaram no seu principal objetivo que era prender novamente aqueles malditos imortais, a tarefa não seria tão fácil quanto pensavam. Os imortais eram seres muito estranhos, os mesmos não dominavam qualquer elemento, porém com apenas um olhar podia usar o elemento dos inimigos assim como suas magias. Sua força era sobre-humana, quando tinha uma parte do corpo decepada a mesma se regenerava em questão de segundos. A força das cinco grandes nações não estava conseguindo mais dominar aqueles malditos seres que mesmo por serem apenas 500 faziam estrago de 500 mil, assim o rei e rainha de cada nação se reuniu no templo da luz que se localizava no norte das Terras de Prata para decidirem o que fariam… Talvez os deuses lhe desse uma pequena mão.
Todos estavam sentados em uma enorme mesa, olhando um para o outro sussurrando coisas nada agradáveis sobre cada nação exceto sobre a que estava. Logo o rei da Nação do Fogo Kadin Retzmann um homem alto e velho, cabelos grisalhos, olhos em um preto bem profundo falava:
- Quero a atenção de todos um instante, por favor – Dizia o velho homem com sua voz rouca e bastante grave.
- Fale velho Kadin. – Dizia a rainha da nação da água Aldys Rockenbach, uma bela mulher de olhos azuis como o mar, cabelos brancos bastante sedosos que lembravam bastante neve em tempos de inverno.
- Precisamos achar uma maneira de prender aqueles imortais novamente, se continuar do jeito que está haverá mais mortes e o mundo em que vivemos se tornará o verdadeiro inferno.
- É fácil para ti falar, o que pode fazer a Nação do Fogo? Apenas bárbaros que são corajosos e muito fracos, esquentam a cabeça facilmente e mal conseguem pensar em algum plano decente. – Dizia Aldys soltando um leve suspiro quando terminava de falar.
Kadin olhava para aquela mulher com muita raiva, sua vontade era de arrancar sua cabeça com a mão, mas não era hora para aquilo, o mundo estava em perigo e precisavam de um plano rápido antes que fosse tarde demais para fazer algo.
- Essa não é a questão… nós, meros humanos, não podemos fazer nada. O que temos que fazer agora é recorrer aos deuses que uma vez conseguiram prender aqueles monstros. Eles podem fazer isso novamente não acham?
Todos ali afirmavam com a cabeça a ideia de Kadin que parecia ser muito boa, porém apenas Aldys que negava e logo dizia:
- Creio que isso não vai dar muito certo, acha mesmo que a grande deusa Undine vai querer nos ajudar? Nós cometemos o grande pecado de quebrarmos sua regra e agora devemos ser punidos. Imagino que não só Undine como também os seus deuses devem estar furiosos com nossa desobediência. – Dizia Aldys que, enquanto terminava de falar, ajeitava seus longos cabelos brancos. Parecia bem calma com a situação.
- A deusa da água não deve estar achando isso tudo que está acontecendo certo, mas devemos chamar pelo menos um deles para nos dar um simples apoio, para pedirmos perdão e implorar por sua ajuda. – Dizia Kadin baixando a cabeça soltando um leve suspiro, era um homem que não conhecia o medo, mas os tempos haviam mudado e o futuro não seria bom se aquilo continuasse.
- Tenho certeza que isso não vai dar certo, mas como não temos muitas opções... – Dava de ombros como se tivesse afirmando a ideia de Kadin.
- Muito bem, todos venham para perto do altar.
Todos se levantavam e ficavam de joelhos perto do altar onde tinha uma enorme estátua do deus Criador, assim o povo de todas as nações o chamava, já que o mesmo não dizia seu nome. Com os olhos fechados começavam a fazer suas preces para ver se o Criador atendia seu chamado, o mundo estava em guerra contra os imortais e sem a ajuda dos deuses nada podiam fazer para derrota-los. Passavam-se alguns minutos e uma luz que vinha do teto do templo surgia na frente dos cinco reis, aos poucos podia se ver um homem de aparentemente uns 30 anos de idade, porém muito belo, suas vestes se resumiam em um manto que chegavam até seus pés, de cor dourada, que lembrava bastante ouro. Ele olhava para todos com um doce sorriso no rosto, fazia um sinal com a mão direita para que todos levantassem e assim todos fizeram o que o mesmo mandava afinal aquele era o Criador, o ser que deu vida a todos na face da terra. O silêncio permaneceu até que o criador dizia:
- Em que posso ajuda-los? Escutei suas preces e aqui estou. – Dizia com um tom de voz calmo e bastante tranquilo.
Todos os reis permaneciam em silêncio, fazia tempos que não se comunicavam com os deuses e medo surgia em seus corações, porém o mais corajoso diante todos ali, Kadin, resolvia falar:
- O chamamos aqui para lhe pedir ajuda Criador. – Dizia Kadin olhando fixamente nos olhos do deus, não havia medo em seu coração e realmente fazia juz ao cargo de rei da Nação do Fogo.
- Deve se referir aos imortais acredito. - Respondia o Criador enquanto passava a visar o céu.
- Exatamente. Por causa da ambição por poder da nação das trevas os libertamos, mas não conseguimos mais conte-los, são mais fortes que nós e suas habilidades melhores que a nossas... as chances de vencermos são mínimos Criador, precisamos que os deuses mais uma vez nos ajudem.
- A fraqueza em seus corações que causou toda essa situação, as regras eram simples de serem cumpridas, mas vocês desobedeceram como uma criança de quatro anos. Como pai devia castiga-los com a pior punição possível, porém... – Caminhava até Kadin pousando sua mão direita sobre a cabeça do mesmo com um pequeno sorriso.
- Sua coragem e bravura Kadin é digna de um rei, você faz um grande trabalho ao liderar sua nação e agora se importa não somente com a sua e também com a de todos. Graças a essa sua determinação eu e os outros deuses iremos prender novamente os imortais em um lugar onde nunca poderão ser libertados, fiquem tranquilos e voltem para guerra, a vitória de vocês está próxima. – Após dizer essas poucas palavras o Criador desapareciam em um feixe de luz que cegava todos ali presentes por alguns instantes.
Kadin esfregava os olhos e logo se virava para todos os outros reis e dizia:
- Vocês escutaram o Criador, vamos voltar para guerra que a vitória é NOSSA! – Kadin dizia com um alto tom de voz para animar todos ali presentes.
Todos saiam do templo gritando vitoriosos, sabiam que os deuses estariam com eles, nada mais deviam temer. Todos montavam em seus cavalos e partiam para o centro da Terra de Prata onde estava ocorrendo a grande a grande guerra. A viagem durou algumas horas e todos os reis estavam na beira de uma montanha olhando abaixo as nações batalhando contra os imortais, a visão não era nada agradável de ver... havia pedaços de corpos por todos os lados, o sangue jorrava por toda a terra tanto dos humanos mortais quanto dos imortais, Kadin olhava aquilo e apertava os punhos imaginando onde estariam os deuses que prometeram salvar todos. Quando todos os reis voltavam decepcionados com a possível mentira dos deuses, Kadin e Aldys permaneciam assistindo ainda esperançosos.
Passaram se alguns minutos após a partida de alguns reis e de maneira extremamente divina aos olhos de Kadin o céu se abria e uma enorme mão surgia. Todos os imortais eram sugados pelo grande buraco negro que continha no centro da mesma. Aquilo era algo que não se via todos os dias, aquele grande poder não podia se saber de qual deus era, mas isso não era muito importante, o importante era que não haveria mais mortes por um longo tempo. Quando o ultimo imortal era sugado, a enorme mão se fechava e voltava para o céu lentamente. Todas as nações comemoravam a grande vitória e louvavam seus respectivos deuses, um sorriso surgia no rosto de Kadin que olhava para Aldys com um ar de “conseguimos” e ela apenas virava o rosto como se pouco importasse. Quando os dois estavam prestes a partir para seus lares, em um feixe de luz o Criador surgia novamente na frente de ambos e dizia:
- Vocês dois venham até a mim. – Ele fez um pequeno sinal com ambas as mãos.
Sem questionar Kadin e Aldys caminhavam até o mesmo logo se ajoelhando.
- Ambos foram fiéis até o fim, mesmo quando tudo parecia estar pedido, vocês ainda acreditaram que nós deuses os ajudariam e assim aconteceu. Tolos foram aqueles que partiram sem ver até o final. Agora, por favor, de pé. – Fazia um simples sinal com a mão para que ambos se levantassem.
E assim fez os dois enquanto olhavam para o Criador um pouco confusos porque não sabiam qual o motivo de uma aparição tão rápida após o término da guerra.
- Como prometi eu prendi novamente os imortais, estão presos em um local que criei chamado Poço das Lamentações, cujo qual é um enorme buraco negro que não tem um limite exato de profundidade e quaisquer humano que tentar se aproximar do mesmo morrerá da forma mais cruel possível. Assim será a nova regra para que todos sigam a risca. – Dizia o Criador em um tom sério e ao mesmo tempo calmo.
Aldys não conseguia ficar calada e logo perguntava:
- Porque está nos contando isso Criador? Porque os outros não podem saber?
O deus soltava um leve riso e logo respondia a pergunta da rainha:
- Quer que haja uma segunda guerra? O que acha que vai acontecer se essa informação cair em ouvidos errados?
Kadin pensou no que o deus dizia e logo falava:
- Isso significa que isso deverá ficar somente entre nós, rei e rainha da Nação do Fogo e da Água?
- Exatamente, e passem essa informação para seus filhos ou filhas e os mesmos passarão para seus filhos e filhas, assim será por toda a eternidade. – Disse o Criador que logo desaparecia em um feixe de luz.
- Parece que o Criador deixou uma grande missão em nossas mãos hein, Aldys? – Perguntava Kadin que logo desviava o olhar para rainha com um pequeno sorriso no rosto.
- Tenho certeza que é maior que você. – Respondia Aldys como sempre com muita ignorância e frieza.
- Caramba você é uma mulher tão chata, podia ao menos ser mais simpática.
- Não nasci para agradar ninguém, muito menos você velho.
- Bah... seja como for, preciso ter um filho e... – Kadin olhava para o corpo de Aldys e um sorriso malicioso surgia em seus lábios.
- Que? Se ta pensando que vai transar comigo pode enfiar a merda desse seu dedo naquele lugar que não bate sol e rodar, ta querendo causar uma neutralização jumento? – Bufava virando o rosto para o lado.
- Vai que rola, pode ser que o amor impeça tal coisa.
- Sendo assim nada vai impedir porque não há um pingo de amor entre nós Kadin.
- Você é virgem né? – Soltava um leve riso enquanto olhava para Aldys.
- Se eu for não é da sua conta e também não é você que vai tirar seu bárbaro safado! – Respondia Aldys furiosa e ao mesmo tempo envergonhada.
- Ta ta, é brincadeira eu já tenho uma mulher grávida, não pretende traí-la.
- Com essas brincadeiras? Só podia ser da Nação do Fogo mesmo, tsc... – Após dizer essas palavras Aldys subia em seu belo cavalo branco e cavalgava a caminho de sua cidade sem ao menos se despedir de Kadin.
- Essa rainha é complicada, mas tempos melhores virão a partir de hoje... tenho certeza que sim. – Dizia Kadin olhando para aquele belo pôr do sol, logo cavalgava para sua cidade para poder ver sua mulher e também seu filho que estava prestes a vir para esse mundo que agora poderia ser um lugar melhor.
Continua...
No início dos tempos o mundo era comandado por diversas nações as quais foram criadas por respectivos deuses. Essas nações estavam espalhadas por todo lugar e também comandavam devidas áreas como uma amostra de poder. Em meio a essas nações existiam as cinco grandes que eram a Nação do Fogo, Nação da Água, Nação da Terra, Nação das Trevas e a Nação do Ar que tinham o dever de manter o equilíbrio para conter um mal selado no norte das Terras de Prata. Esse mal era uma nação temida... A nação dos imortais que por ordem dos deuses devia ser mantida presa, pois se caso fosse libertada o caos tomaria conta de todo o mundo. Era uma missão extremamente simples, as cinco principais nações deviam sempre estar em harmonia para manter a magia que prendia os imortais e, caso essa regra fosse quebrada, os mesmos seriam libertados. A tarefa poderia ser bem simples se todos tivessem personalidades iguais, mas os povos de cada nação tinham personalidades únicas que facilitava muito distinguir quem era quem. O povo da Nação do Fogo era conhecido por sua bravura, coragem e confiança, o povo da Nação da Água tinha uma frieza fora do comum, era realista e nada simpático, a Nação da Terra era séria, inteligente e também bastante esforçada. A Nação das Trevas era conhecida por seus masoquistas, antissociais e sem senso algum de humor (pelo menos era o que todos diziam), e o povo da Nação do Ar era bastante hiperativo, brincalhão e romântico.
A paz foi mantida durante anos e anos até que um dia ela foi quebrada... O rei da Nação das Trevas se rebelou contra as outras quatro nações aliadas com o objetivo de libertar a tal Nação dos Imortais para assim poderem se unir e dominar o mundo. E assim iniciou-se a Guerra dos Cinco Grandes. Enquanto as quatro nações batalhavam contra a das trevas com o objetivo de derruba-la para assim manter novamente o equilíbrio se esqueciam da principal regra que era a harmonia entre eles... E assim no norte podia se ver o céu escurecer e um grande raio atingir o chão, ao longe podia se ver humanos com vestes velhas, olhos vermelhos como sangue fúria em seus rostos. Quando as nações se davam conta do erro que haviam cometido era tarde demais e para tentar corrigir seu erro focaram no seu principal objetivo que era prender novamente aqueles malditos imortais, a tarefa não seria tão fácil quanto pensavam. Os imortais eram seres muito estranhos, os mesmos não dominavam qualquer elemento, porém com apenas um olhar podia usar o elemento dos inimigos assim como suas magias. Sua força era sobre-humana, quando tinha uma parte do corpo decepada a mesma se regenerava em questão de segundos. A força das cinco grandes nações não estava conseguindo mais dominar aqueles malditos seres que mesmo por serem apenas 500 faziam estrago de 500 mil, assim o rei e rainha de cada nação se reuniu no templo da luz que se localizava no norte das Terras de Prata para decidirem o que fariam… Talvez os deuses lhe desse uma pequena mão.
Todos estavam sentados em uma enorme mesa, olhando um para o outro sussurrando coisas nada agradáveis sobre cada nação exceto sobre a que estava. Logo o rei da Nação do Fogo Kadin Retzmann um homem alto e velho, cabelos grisalhos, olhos em um preto bem profundo falava:
- Quero a atenção de todos um instante, por favor – Dizia o velho homem com sua voz rouca e bastante grave.
- Fale velho Kadin. – Dizia a rainha da nação da água Aldys Rockenbach, uma bela mulher de olhos azuis como o mar, cabelos brancos bastante sedosos que lembravam bastante neve em tempos de inverno.
- Precisamos achar uma maneira de prender aqueles imortais novamente, se continuar do jeito que está haverá mais mortes e o mundo em que vivemos se tornará o verdadeiro inferno.
- É fácil para ti falar, o que pode fazer a Nação do Fogo? Apenas bárbaros que são corajosos e muito fracos, esquentam a cabeça facilmente e mal conseguem pensar em algum plano decente. – Dizia Aldys soltando um leve suspiro quando terminava de falar.
Kadin olhava para aquela mulher com muita raiva, sua vontade era de arrancar sua cabeça com a mão, mas não era hora para aquilo, o mundo estava em perigo e precisavam de um plano rápido antes que fosse tarde demais para fazer algo.
- Essa não é a questão… nós, meros humanos, não podemos fazer nada. O que temos que fazer agora é recorrer aos deuses que uma vez conseguiram prender aqueles monstros. Eles podem fazer isso novamente não acham?
Todos ali afirmavam com a cabeça a ideia de Kadin que parecia ser muito boa, porém apenas Aldys que negava e logo dizia:
- Creio que isso não vai dar muito certo, acha mesmo que a grande deusa Undine vai querer nos ajudar? Nós cometemos o grande pecado de quebrarmos sua regra e agora devemos ser punidos. Imagino que não só Undine como também os seus deuses devem estar furiosos com nossa desobediência. – Dizia Aldys que, enquanto terminava de falar, ajeitava seus longos cabelos brancos. Parecia bem calma com a situação.
- A deusa da água não deve estar achando isso tudo que está acontecendo certo, mas devemos chamar pelo menos um deles para nos dar um simples apoio, para pedirmos perdão e implorar por sua ajuda. – Dizia Kadin baixando a cabeça soltando um leve suspiro, era um homem que não conhecia o medo, mas os tempos haviam mudado e o futuro não seria bom se aquilo continuasse.
- Tenho certeza que isso não vai dar certo, mas como não temos muitas opções... – Dava de ombros como se tivesse afirmando a ideia de Kadin.
- Muito bem, todos venham para perto do altar.
Todos se levantavam e ficavam de joelhos perto do altar onde tinha uma enorme estátua do deus Criador, assim o povo de todas as nações o chamava, já que o mesmo não dizia seu nome. Com os olhos fechados começavam a fazer suas preces para ver se o Criador atendia seu chamado, o mundo estava em guerra contra os imortais e sem a ajuda dos deuses nada podiam fazer para derrota-los. Passavam-se alguns minutos e uma luz que vinha do teto do templo surgia na frente dos cinco reis, aos poucos podia se ver um homem de aparentemente uns 30 anos de idade, porém muito belo, suas vestes se resumiam em um manto que chegavam até seus pés, de cor dourada, que lembrava bastante ouro. Ele olhava para todos com um doce sorriso no rosto, fazia um sinal com a mão direita para que todos levantassem e assim todos fizeram o que o mesmo mandava afinal aquele era o Criador, o ser que deu vida a todos na face da terra. O silêncio permaneceu até que o criador dizia:
- Em que posso ajuda-los? Escutei suas preces e aqui estou. – Dizia com um tom de voz calmo e bastante tranquilo.
Todos os reis permaneciam em silêncio, fazia tempos que não se comunicavam com os deuses e medo surgia em seus corações, porém o mais corajoso diante todos ali, Kadin, resolvia falar:
- O chamamos aqui para lhe pedir ajuda Criador. – Dizia Kadin olhando fixamente nos olhos do deus, não havia medo em seu coração e realmente fazia juz ao cargo de rei da Nação do Fogo.
- Deve se referir aos imortais acredito. - Respondia o Criador enquanto passava a visar o céu.
- Exatamente. Por causa da ambição por poder da nação das trevas os libertamos, mas não conseguimos mais conte-los, são mais fortes que nós e suas habilidades melhores que a nossas... as chances de vencermos são mínimos Criador, precisamos que os deuses mais uma vez nos ajudem.
- A fraqueza em seus corações que causou toda essa situação, as regras eram simples de serem cumpridas, mas vocês desobedeceram como uma criança de quatro anos. Como pai devia castiga-los com a pior punição possível, porém... – Caminhava até Kadin pousando sua mão direita sobre a cabeça do mesmo com um pequeno sorriso.
- Sua coragem e bravura Kadin é digna de um rei, você faz um grande trabalho ao liderar sua nação e agora se importa não somente com a sua e também com a de todos. Graças a essa sua determinação eu e os outros deuses iremos prender novamente os imortais em um lugar onde nunca poderão ser libertados, fiquem tranquilos e voltem para guerra, a vitória de vocês está próxima. – Após dizer essas poucas palavras o Criador desapareciam em um feixe de luz que cegava todos ali presentes por alguns instantes.
Kadin esfregava os olhos e logo se virava para todos os outros reis e dizia:
- Vocês escutaram o Criador, vamos voltar para guerra que a vitória é NOSSA! – Kadin dizia com um alto tom de voz para animar todos ali presentes.
Todos saiam do templo gritando vitoriosos, sabiam que os deuses estariam com eles, nada mais deviam temer. Todos montavam em seus cavalos e partiam para o centro da Terra de Prata onde estava ocorrendo a grande a grande guerra. A viagem durou algumas horas e todos os reis estavam na beira de uma montanha olhando abaixo as nações batalhando contra os imortais, a visão não era nada agradável de ver... havia pedaços de corpos por todos os lados, o sangue jorrava por toda a terra tanto dos humanos mortais quanto dos imortais, Kadin olhava aquilo e apertava os punhos imaginando onde estariam os deuses que prometeram salvar todos. Quando todos os reis voltavam decepcionados com a possível mentira dos deuses, Kadin e Aldys permaneciam assistindo ainda esperançosos.
Passaram se alguns minutos após a partida de alguns reis e de maneira extremamente divina aos olhos de Kadin o céu se abria e uma enorme mão surgia. Todos os imortais eram sugados pelo grande buraco negro que continha no centro da mesma. Aquilo era algo que não se via todos os dias, aquele grande poder não podia se saber de qual deus era, mas isso não era muito importante, o importante era que não haveria mais mortes por um longo tempo. Quando o ultimo imortal era sugado, a enorme mão se fechava e voltava para o céu lentamente. Todas as nações comemoravam a grande vitória e louvavam seus respectivos deuses, um sorriso surgia no rosto de Kadin que olhava para Aldys com um ar de “conseguimos” e ela apenas virava o rosto como se pouco importasse. Quando os dois estavam prestes a partir para seus lares, em um feixe de luz o Criador surgia novamente na frente de ambos e dizia:
- Vocês dois venham até a mim. – Ele fez um pequeno sinal com ambas as mãos.
Sem questionar Kadin e Aldys caminhavam até o mesmo logo se ajoelhando.
- Ambos foram fiéis até o fim, mesmo quando tudo parecia estar pedido, vocês ainda acreditaram que nós deuses os ajudariam e assim aconteceu. Tolos foram aqueles que partiram sem ver até o final. Agora, por favor, de pé. – Fazia um simples sinal com a mão para que ambos se levantassem.
E assim fez os dois enquanto olhavam para o Criador um pouco confusos porque não sabiam qual o motivo de uma aparição tão rápida após o término da guerra.
- Como prometi eu prendi novamente os imortais, estão presos em um local que criei chamado Poço das Lamentações, cujo qual é um enorme buraco negro que não tem um limite exato de profundidade e quaisquer humano que tentar se aproximar do mesmo morrerá da forma mais cruel possível. Assim será a nova regra para que todos sigam a risca. – Dizia o Criador em um tom sério e ao mesmo tempo calmo.
Aldys não conseguia ficar calada e logo perguntava:
- Porque está nos contando isso Criador? Porque os outros não podem saber?
O deus soltava um leve riso e logo respondia a pergunta da rainha:
- Quer que haja uma segunda guerra? O que acha que vai acontecer se essa informação cair em ouvidos errados?
Kadin pensou no que o deus dizia e logo falava:
- Isso significa que isso deverá ficar somente entre nós, rei e rainha da Nação do Fogo e da Água?
- Exatamente, e passem essa informação para seus filhos ou filhas e os mesmos passarão para seus filhos e filhas, assim será por toda a eternidade. – Disse o Criador que logo desaparecia em um feixe de luz.
- Parece que o Criador deixou uma grande missão em nossas mãos hein, Aldys? – Perguntava Kadin que logo desviava o olhar para rainha com um pequeno sorriso no rosto.
- Tenho certeza que é maior que você. – Respondia Aldys como sempre com muita ignorância e frieza.
- Caramba você é uma mulher tão chata, podia ao menos ser mais simpática.
- Não nasci para agradar ninguém, muito menos você velho.
- Bah... seja como for, preciso ter um filho e... – Kadin olhava para o corpo de Aldys e um sorriso malicioso surgia em seus lábios.
- Que? Se ta pensando que vai transar comigo pode enfiar a merda desse seu dedo naquele lugar que não bate sol e rodar, ta querendo causar uma neutralização jumento? – Bufava virando o rosto para o lado.
- Vai que rola, pode ser que o amor impeça tal coisa.
- Sendo assim nada vai impedir porque não há um pingo de amor entre nós Kadin.
- Você é virgem né? – Soltava um leve riso enquanto olhava para Aldys.
- Se eu for não é da sua conta e também não é você que vai tirar seu bárbaro safado! – Respondia Aldys furiosa e ao mesmo tempo envergonhada.
- Ta ta, é brincadeira eu já tenho uma mulher grávida, não pretende traí-la.
- Com essas brincadeiras? Só podia ser da Nação do Fogo mesmo, tsc... – Após dizer essas palavras Aldys subia em seu belo cavalo branco e cavalgava a caminho de sua cidade sem ao menos se despedir de Kadin.
- Essa rainha é complicada, mas tempos melhores virão a partir de hoje... tenho certeza que sim. – Dizia Kadin olhando para aquele belo pôr do sol, logo cavalgava para sua cidade para poder ver sua mulher e também seu filho que estava prestes a vir para esse mundo que agora poderia ser um lugar melhor.
Continua...