X JAPAN
- Spoiler:
- Tudo começou entre amigos,
como se inicia uma banda qualquer. Mas esta “banda qualquer” era mais
incomum que as outras. Primeiro, formar uma banda de rock no Japão
aparentemente não era uma idéia muito promissora nos anos 80, mais
precisamente em 1982, quando Yoshiki Hayashi terminava o colégio junto
com seu amigo de infância, Toshimitsu Deyama. Yoshiki convidou Toshi
para irem a Tokyo, montar uma banda de rock.. Toshi planejava fazer
faculdade de medicina, mas acabou aceitando. Muito bem, temos uma banda,
e o que seus integrantes podem fazer? Toshi canta bem, sabe atingir
tons muito altos. E Yoshiki estudou piano desde os 5 anos e é bastante
habilidoso com a bateria. Com a ajuda de Yuji e Tomo nas guitarras e
Tokuo no baixo, uma banda chamada NOISE (que posteriormente mudou seu
nome pra X) começou a se apresentar por Tokyo e chegou até a gravar um
single, I’ll Kill You.
Como eu já disse, ter uma
banda de rock no Japão, nessa época, não era muito fácil. O X não era a
única, mas até então nenhum grupo havia conseguido grande destaque na
mídia. Porém, Yoshiki era um homem de visão, e sua mãe acreditava nele.
Tanto que vendeu o negócio da família e deu todo o dinheiro pro filho
criar, em 1986, a famosa Extasy Records e dar mais impulso à sua banda.
Seu primeiro lançamento foi o single Orgasm. Nessa época a formação era
Toshi, Jun (guitarra), Hikaru (baixo) e Yoshiki.
Em
1987, Taiji substitui Hikaru e hide substitui Jun, junto com o
guitarrista Isao, que deixou o grupo por um acidente e deu lugar a Pata.
Estava estabelecida a formação clássica do X.
O primeiro
álbum, Vanishing Vision, sai quando eles ainda são independentes, em
1988. Foi um sucesso absoluto. Cerca de 10.000 cópias vendidas nas
primeiras semanas. Sucesso esse que garantiu posições na Oricon
(Original Conference ~ o ranking dos mais vendidos no Japão). Este álbum
era a síntese perfeita do lema da banda, “Psychedelic violence ~ Crime
of visual
shock” (“Violência psicodélica, crime do choque visual”). A maioria das
músicas eram pesadas e rápidas, como Vanishing Love, I’ll Kill You e
Kurenai. Mas também havia um pouco de drama (Alive) e a tradicional
balada (Unfinished), além de outras músicas.
O X foi a
primeira banda de rock nacional a fazer um grande sucesso no Japão.
Chocando com seu visual e com suas músicas pesadas (alternando às vezes
com melodias românticas ao som do piano de Yoshiki), eles não apenas
popularizaram o rock em seu país, bem como colaboraram parar a próxima
moda do Japão durante o resto dos anos 80 e 90: o Visual Kei. “Visual”
vem do inglês e não vou “traduzir” pra não ofender sua inteligência.
“Kei” vem do japonês e significa “linhagem”. Portanto, “Linhagem
Visual”. As conseqüências do sucesso absoluto logo surgiram: um contrato
com a gravadora Sony do Japão. Agora, X era uma banda major.
E
para “debutarem”, lançaram seu segundo álbum, Blue Blood, e um vídeo
com o primeiro show major, “Bakuhatsu-Sunzen”. Blue Blood era um álbum,
digamos, sonoramente mais rico que o Vanishing Vision. Além das músicas
mais agitadas como a própria Blue Blood, X, Orgasm e uma regravação de
Kurenai, o disco tem músicas mais leves e fáceis de ouvir como Week End e
Celebration, contando também com Rose of Pain, onde Yoshiki com certeza
se inspirou na “Fugue in G minor (BWV 578)” de Bach para compô-la, uma
regravação de Unfinished e outras músicas. Foi iniciada uma turnê 89~90,
chamada “Rose & Blood” e foram lançados singles e mais vídeos.
O
álbum Jealousy foi lançado em 1991 e chegou a ficar em primeiro lugar
na Oricon. Este parece ser um trabalho mais “descompromissado”, com
relação ao álbum anterior. Fora, Silent Jealousy e Stab Me In The Back,
as outras músicas são mais tranqüilas. Aliás, Love Replica é um tanto...
diferente, por assim dizer. E é também nesse álbum que é gravada a
balada Say Anything, cujo “modelo” Yoshiki usou em algumas outras
canções muito tocantes e famosas. Mais singles, vídeos, shows, e a essa
altura do campeonato o X já estava aparecendo bastante na TV também. A
banda segue com a turnê “Violence in Jealousy”. Ainda em 91, Yoshiki
realiza um trabalho aparte do X, com seu amigo Tetsuya Komuro (do grupo
de música eletrônica globe). Os dois formam o grupo V2 e gravam o single
Virginity, com Yoshiki no piano e na bateria e Komuro no vocal.
O
ano de 1997 foi o fim para o grupo. Começou com o lançamento de Dahlia
The Video – Visual Shock Vol. 5 Part I e depois Dahlia The Video –
Visual Shock Vol. 5 Part II. Em 22 de setembro o X anuncia seu fim e o
último show, dia 31 de dezembro no Tokyo Dome. O motivo para Yoshiki
decidir encerrar a carreira da banda é o fato do vocalista Toshi ter
saído dela. Em entrevistas posteriores Toshi afirmou categoricamente que
não é o mesmo homem que há 10 anos e repudia tudo relacionado a X.
Chegou até mesmo a leiloar as roupas que usava no grupo. Ele disse que
por mais que se dedicasse à banda, sempre havia algo faltando. O porquê
de tudo isso? Sabe-se que nesse ano Toshi casou-se com a atriz Kaori
Morisumi. Ela fazia parte de uma seita chamada Remuria. Por influência
de sua esposa, Toshi juntou-se à seita, e dizem as más línguas que seu
guru (acusado de ter ligações com grupos terroristas no Japão) teria
feito uma espécie de lavagem cerebral no cantor. Há também o fato de que
Toshi não tinha vontade de ser um astro do rock quando jovem. Yoshiki o
convenceu a entrar nessa e, juntamente com hide, o ensinava como se
comportar em apresentações, como cantar, se maquiar, etc. Toshi era tido
como o cantor perfeito e insubstituível para as músicas do X. Por isso,
e por se sentir abalado, Yoshiki dissolveu a banda.
Enfim, os
lançamentos antes do último concerto foram os álbuns LIVE LIVE LIVE,
LIVE LIVE LIVE EXTRA, Ballad Collection e Singles – Atlantic Years,
também o single Forever Love (Last Mix) e o vídeo Dahlia Tour Final
1996. Após o final da banda também houve lançamentos. Em 98, os álbuns X
Japan Live in Hokkaido 1995.12.4 e Art of Life Live e o single The Last
Song. Em 99, o album X Perfect Best e o video The Last Live. E em 2002 o
lançamento mais recente, Trance X, com remixes eletrônicos das músicas
da banda, feitas por diversos DJs.
Hide era o ex-membro mais
promissor. Iniciou sua carreira solo em 1994, quando a banda já não
estava tão ocupada. Seu sucesso era crescente, principalmente depois do
fim do X, quando ele pôde se dedicar inteiramente a seus projetos
pessoais. Sua banda suporte ganhou nome e juntos eles formara o hide
with Spread Beaver. hide também montou uma banda nos Estados Unidos,
Zilch. Yoshiki até tinha planos para o retorno do X, com hide no vocal.
Porém, em 98, dia 02 de maio, uma tragédia atingiu os fãs. hide foi
encontrado morto em seu apartamento, com uma toalha amarrada a seu
pescoço e à maçaneta da porta do banheiro. Os motivos para que ele tenha
cometido tal ato não são de conhecimento público, mas alguns afirmam
que a letra da música Pink Spider é sua carta de suicídio. O ocorrido
abalou também diversos músicos, que se reuniram junto com os fãs no
funeral do ídolo para prestarem uma última homenagem. Yoshiki, Pata,
Heath e Toshi realizam uma última performance de Forever Love. I.N.A.,
ex-percussionista e programador do Spread Beaver (também foi roadie do
X), formou a banda Dope HEADz com Pata e Heath. O grupo participou do cd
lançado em homenagem a hide, que contou também com outras bandas como
Luna Sea e GLAY. Pata e Heath já haviam previamente realizado trabalhos
solos
Fonte: X Japanhttp://whiplash.net/materias/biografias/039274-xjapan.html#ixzz2RZfYt5kd
DISCOGRAFIA
- Vanishing Vision (1988-04-14)
- Blue Blood (1989-04-21)
- Jealousy (1991-07-01)
- Art of Life (1993-07-01; 1997-08-25)
- Dahlia (1996-11-04)
- Blue Blood Special Edition (2007-02-14)
- Jealousy Special Edition (2007-02-14)
- Blue Blood Remastered Edition (2008-03-19)
- Jealousy Remastered Edition (2008-03-19)
INTEGRANTES
X Japan World Tour
https://www.youtube.com/watch?v=LRDTM_kzzWE